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sexta-feira, 15 de novembro de 2024

A Morte

A morte é o reflexo do homem instintivo
Que protege-se para se preservar
Mas quando o indivíduo cresce em espírito
Ela não mais o amedrontará. 

Ela serve de liame maior
É a balança de nossa existência
Quem viveu plenamente perseverando
A paz por certo se apresenta. 

Quem viveu praticando o bem, viverá.
Quem viveu praticando o mal, morrerá.
Pois morre-se verdadeiramente de espírito
Quando de Jesus procura se distanciar.

Morre-se, quando não se vive o bem
Espargindo a luz maior
Vive-se quando se desperta o espírito
Ás leis do criador.

Jesus disse com firmeza
Aos discípulos seus
Não há morte em lugar nenhum da vida
Só há vida em tudo, meus irmãos.

Essa é a lei de Deus...

Autor: Reynollds Augusto

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de novembro de 2024

A Grande Vitória

Reacendem-se os fogos da batalha.
Chora de angústia o mundo miserando,
Caim passa, de novo, dominando,
A civilização que se estraçalha...

As bastardas paixões gritam em bando,
Misturando-se no coro da metralha,
Tudo pavor e morte, sem que valha,
A voz da fé no vórtice nefando.

Sobre as filosofias dos compêndios.
Há misérias, canhões, trevas, incêndios,
Desventuras que o homem não socorre!

Mas o Cristo, que nunca desespera,
Ama sempre e elabora a nova era
Na vitória do bem que nunca morre.

Autor: Augusto dos Anjos

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 15 de outubro de 2024

A Enfermeira do Além

Ela, a querida irmã desencarnada,
Fizera-se enfermeira,
Aliviava a dor, de estrada à estrada,
Era uma espécie de bondade inteira,
Socorrendo aos irmãos que a morte
Espalhava nas trevas...

Há trinta anos servia,
Sem escolher lugar, trabalho ou dias.
Naquele imenso mar de sombra, o tempo parecia,
Uma chaga mental sem esperança
De melhorar ou desaparecer...

Certa feita, contudo, a grande obreira alcança,
Uma estranha mulher, deitada numa furna;
Embora não tivesse a morada carnal,
Estava cega e só, deformada e ferida,
Patenteando a dor que lhe marcara a vida.

Ao ouvi-la gemer,
A irmã dos infelizes,
Pões-se, em campo, a cumprir,
O que considerava por dever.

Impressionada, ao vê-la de mais perto,
A missionária, indaga, a peito aberto:
- irmã, ouço-te o choro, há muitas horas,
Por que tens tanto fel nas lágrimas que choras?

A pobre murmurou, pausadamente:
- Ai de mim! O que sou e de onde venho?
A memória não dá para lembrar...
Sei mostrar simplesmente as misérias que eu tenho...

Há muitos anos, quantos já nem sei,
Fui menina feliz num grande lar...
Recordo muito mais as dores que causei...
Minha mãe me queria
Para exaltar a natureza,
Num misto de elegância e de beleza,
E falava que eu era uma rosa entre as rosas,
Fosse para enfeitar as festas deleitosas
Ou estender no mundo o aroma da alegria...

Minhas aspirações caíram, uma a uma,
Minha mãe não me quis em profissão alguma,
Vestia-me, orgulhosa, o corpo esbelto e fino,
Dizia que brilhar traçava-me o destino...

Casei-me, tive um filho e, depois de dez anos,
Troquei meu lar feliz por prazeres mundanos,
Meu esposo rogava o meu regresso em vão.
Meu filho fez-se logo um belo rapagão,
Vendo-me as aventuras, certo dia,
Ele, menino e moço, veio visitar-me,
Condenou-me os costumes sem alarme,
Falou e lamentou-se em voz severa,
De conhecer por mãe a mulher má que eu era...

De cabeça alterada em cocaína,
Revoltei-me, ataquei-o... Atrás de uma cortina
Apanhei um revolver no meu quarto,
Voltei à sala e apertei o gatilho,
Num tiro certo, assassinei meu filho!...
Depois de vê-lo morto, junto a mim,
Voltei a arma contra o próprio peito
E matei-me por fim!...

Em seguida, a pausa demorada,
Contou a própria vida e deu o próprio nome...
Na pavorosa mágoa que a consome
A mulher prosseguia, consternada:
- Nunca mais vi ninguém das pessoas que amei
Para mim, tudo é noite e a noite me carrega
Porque vivo sozinha, triste e cega
Decerto obedecendo alguma lei
Que não sei compreender nem explicar...

A enfermeira caiu em pranto ardente
E indagou da mulher, amargamente:
- E se encontrasses neste mar de trevas
Nos furacões de dor a que te levas
A mãe que te entregou à rebeldia,
Teu coração que chora a perdoaria?

- Nada tenho a perdoar –
Disse a pobre atada ao sofrimento –
Minha mãe era um anjo em forma de mulher,
Jamais a esquecerei, um momento sequer,
Ela vivia, em tudo, a trabalhar por mim
Não teve qualquer culpa de meu fim...

Se só me fez o bem, fui eu quem fiz o mal...
Do amor que ela me deu
Fiz todo um lamaçal...
Ninguém pode encontrar motivos de censura
No carinho de alguma criatura
Que nos dê uma lâmpada sublime,
Se lhe usarmos a luz para fazer um crime...

A enfermeira abraçou-a a encharcar-se de pranto
E quando a jovem triste e atormentada
Perguntou-lhe entre aflita e altamente intrigada,
Por que razão ela chorava tanto,
A benfeitora apenas respondeu:
- Deus louvado!... Encontrei o que procuro,
Venceremos na Terra do futuro,
Filha do coração, a tua mãe sou eu!...

Autora: Maria Dolores

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

terça-feira, 1 de outubro de 2024

A Escola de Jesus Convida

Se desejas luz e paz,
Eis, meu amigo, que insisto,
Na tua vinda, hoje mesmo,
A Escola de Jesus Cristo.

Ruge ainda a tempestade?
Não te perturbes, não temas.
O Evangelho é o templo vivo
Que nos resolve os problemas.

Perdeste tudo em derrotas
Da ambição arrasadora?
Vem renovar teus caminhos,
Partindo da Manjedoura.

Tens aflições, amargura, 
Tristezas, enfermidade?
Vem ouvir os pareceres 
Do Médico de Verdade.

O sofrimento, o cansaço,
Parecem longos, sem fim?
Escuta o convite eterno,
Repetindo: – “Vinde a Mim!...” 

Tens sede de compreensão
Carinhosa e compassiva?
Recorda que, há dois mil anos,
Corre a Fonte da Água Viva.

Queres a vida risonha
Num mar de alegria e flores?
Procura a simplicidade
Dos filhos dos Pescadores.

Sentes dúvidas, anseias,
Quanto à luz dos fins supremos?
Volve ao Messias, embora
No impulso de Nicodemos. 

Caíste? Esquece a mentira
Com que ainda te aconselhas.
Coloca os pés noutro rumo,
Busca a Porta das Ovelhas.

Se te envolve a sombra extensa
Da lágrima tormentosa,
Lembra os bens que floresceram 
Sobre a Via Dolorosa.

Se padeces a tortura
Do espírito solitário,
Console-te a glória eterna
Que resplendeu no Calvário.

A luta tem sido um fardo
Para a tua alma oprimida? 
Atende a Cristo e acharás 
Caminho, Verdade e Vida.

Vem à Escola do Evangelho
Da caridade e da luz,
O livro é teu coração,
O Mestre Amado é Jesus.

Apenas recomendamos
Que, antes de entrar, meu irmão,
Deixes, lá fora, as sandálias
Com que adoraste a ilusão.

Autor: Casimiro Cunha

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

domingo, 15 de setembro de 2024

A Criança e o Bem

Olha a criança e toma-a pela mão,
E a luz do Céu aponta-lhe, em seguida.
Pra que haja claridade pela vida
Que deverá viver com correção.

Que o Evangelho sirva de mediação
Entre o pequeno e a experiência vivida,
Pra que no bem seja a trilha mantida
Gerando amor e paz no coração.

Conduze seguramente a criança,
Pelos rumos da fé e da esperança
Renascida em busca da evolução.

Evita expô-la à sombra, ao vício, ao crime,
Mas, mostra-lhe que é o bem que nos redime,
Nas lidas diárias da renovação.

Mensagem psicografada por Raul Teixeira – Autor Espiritual: Jacy Pacheco.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

domingo, 1 de setembro de 2024

A Caridade

É uma estrela de rara beleza
como um farol a nos guiar,
o seu perfume tem a grandeza
como a suave brisa do mar...

A caridade quando posta em ação,
é o alimento que embeleza a alma sob a luz da razão...
Em verdade vos digo,
fora da caridade não há salvação...

Que me vale as riquezas do mundo,
se ainda existem lágrimas de dor.
A Caridade é o remédio
ensinada pelo Cristo Consolador...

Para praticá-la não precisa ter dinheiro, 
status, nem tão pouco ser Doutor...
Basta apenas ter vontade, 
e no peito muito Amor...

Se ainda não sentiste está sensação,
rogue a Deus a Divina inspiração,
praticando e amparando, esta é
a nossa maior lição...

Autor: Denílson Ferreira da Silva
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google. 
 

quinta-feira, 15 de agosto de 2024

A Lagarta

A árvore é grande e bela,
Mas, na copa que se alteia,
Intromete-se a lagarta
Escura, disforme e feia.

No tronco maravilhoso,
Folhas verdes, flores mil...
O traço predominante
É a nota primaveril.

E basta uma só lagarta
De minúscula expressão,
Por fazer, na árvore toda,
Estrago e devastação.

De fato, o conjunto verde
É nobre, forte e preciso;
Mas, em todos os detalhes,
Há sinais de prejuízo.

A lagarta rastejante,
Mostrengo em miniatura,
Vai de uma folha a outra,
Dilacerando a verdura.

As flores, embora belas,
Perfumosas e garridas,
Aparecem deformadas,
Nas corolas carcomidas.

O passeio da lagarta,
Que demora e persevera,
Perturba toda expressão
Da filha da primavera.

Por mais que enflore e se esforce,
A árvore peregrina
Trai, aos olhos, a existência
Do verme que a contamina.

Encontramos na lição,
Desse pobre vegetal,
O homem culto e bondoso
Com o melindre pessoal.

Há muitas almas na Terra,
De feição nobre e segura,
Mas o melindre é a lagarta
Que as persegue e desfigura.

Autor: Casimiro da Cunha – Médium: Chico Xavier.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 1 de agosto de 2024

A Mágoa

Com mágoas e ódios que sentes, vais o teu corpo matar.

Os primeiros a sofrer, são os teus órgãos vitais.

Vais perdendo a resistência, por não te alimentar.

Se não acabares com o ódio, vai contigo acabar.

As doenças que aparecem, não poderás dominar.

A fonte que gerou, é o teu próprio pensar.

Vai passando para o corpo, até não poder suportar.

Não produzirás anticorpos, para tua vida salvar.

Não combaterá as doenças, o remédio que tomar.

Quem não combater o ódio, doente sempre será.

Toda saúde do homem, está naquilo que pensa.

Não poderás ter saúde, se pensas só em doenças.

O remédio é a luz, quando positivamente pensas.

Desperte o amor no teu próximo, para que o mal desapareça.

Não pergunte quem é, nem a cor e a crença.

Dê com a tua mão direita, e que tua esquerda não veja.

Vencerás todas as batalhas, dentro e fora de ti.

Quando pensas positivo, ajudas todos aqui.

Com bom exemplo ensinas, o bom caminho seguir.

Ensinarás a se levantar, aquele que cair.

Usarás a luz divina: fé, humildade e amor.

Ensinarás a usar as grandezas, que dentro de ti ficou.

Aquelas que também, dentro de todos Deus deixou.

Só não conseguiu usar, quem nunca acreditou.

Manterás teu corpo são, quando positivamente pensar.

Quando definitivamente, os maus pensamentos afastar.

Quando estiveres suficientemente preparado, para as provações aceitar...

O peso da tua cruz, aos poucos diminuirá.

Imitarás Jesus Cristo, com o bom exemplo que dás.

Em todos os momentos da vida, faça só bons pensamentos.

Quem pensa no bem de todos, tem de Deus merecimento.

Não sente ódio nem mágoa, a todos vai compreendendo.

Afasta os maus fluídos, e só tem bons sentimentos.

Leva àqueles que sofrem, fé, amor e alento.

Espírito: Jôe Luiz – Médium: Rui Souza.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 15 de julho de 2024

A Busca

Fita a subida áspera e empedrada que se
alteia, maciça, à nossa frente.

Carrega a própria cruz na alma cansada
e guarda o coração feliz e crente.

Nas paisagens da senda não há flores.

Apenas o cascalho se amontoa, mas em torno de ti,
os irmãos sofredores lembram a paz da fé que os renova e abençoa.

Segue de passos lentos...
Pois a turba te acompanha...

Companheiros pararam na montanha recusando o trabalho, a dor e a cruz; mas sentindo-te os dons no coração amigo, erguerão se do pó e seguirão contigo, procurando Jesus.

Maria Dolores 
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 1 de julho de 2024

A Diferença Entre o Amor e Ódio

O ódio nos atordoa,
Porque gera violência.
Mas o amor sempre perdoa,
É o pai da paciência.

O ódio é como um veneno,
Que a humanidade abate.
O amor é antídoto sereno,
Que tudo de ruim combate.

O ódio é filho do mal,
E por isso causa traumas.
Mas o amor é filho do bem,
Que o teu coração acalma.

O ódio é que causa mortes,
Muitas vezes prematuras.
O amor é bem mais forte,
Pois gera a paz na vida futura.

Autoria: Um amigo poeta
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sábado, 15 de junho de 2024

A Brandura

Asserena-te e vara a desventura
No caminho de dor, áspero e azedo;
Serenidade – o lúcido segredo
Em que a vida se eleva e transfigura.

Tudo cresce na força da brandura.
A água desgasta os punhos do rochedo;
Olha a chuva cantando no arvoredo,
A transfundir-se em pão, bondosa e pura.

De coração batido e lodo à face,
Inda que o fel da injúria te traspasse, 
Semeia o bem que as mágoas alivia...

Mesmo trazendo o peito por cratera, 
Suporta, ampara e crê, ajuda e espera, 
Que amanhã será sempre novo dia.

Do livro: Antologia dos Imortais, Médium: Francisco Cândido Xavier – Autor Espiritual: Andradina América de Andrada e Oliveira.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sábado, 1 de junho de 2024

Três Trovas

Quem procura ultrapassar 
A inteligência Divina 
Acaba em cansaço inútil,
Titubeia e desatina.

Vida, amor, lar, alegria
São da Divina Graça,
Deus entrega tudo ao Tempo, 
Age o Tempo e tudo passa...


De energias que conheço
Aquela que mais domina
É a fé sincera e constante
Na Providência Divina.

Médium: Chico Xavier – Espírito: Cornélio Pires.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 15 de maio de 2024

Verbos de Luz

Sofreste, de inesperado,
O estranho golpe da ofensa
Que te envolve em dor imensa
No espinheiro de pesar,
Mas o remédio mais puro
Que restaura a alma ferida
Vem da farmácia da vida:
Esquecer e perdoar...

Honrando o cérebro eleito
A Ciência alteia a voz,
Expõe o carro veloz,
A nave aérea, o radar...
Além da luz da ciência,
Pede a dupla providência:
Esquecer e perdoar...

No livro da Natureza,
Solo que aceite o trator,
Garante com mais amor
A semente, o pão e o lar;
Da fornalha desumana,
Vem a fina porcelana...

A ostra desconhecida
Cede ao mundo, sem protesto,
A pérola em plena vida,
Ensinando-nos, vencida:
Esquecer e perdoar...

Assim também, alma irmã,
Nos dias de dor e luta,
Acalma-te, espera, escuta,
Sem tristeza a reclamar
E ouvirás a voz dos Céus,
Em meio da própria ação,
A dizer-te ao coração:
Esquecer e perdoar!...

Autora: Maria Dolores

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 1 de maio de 2024

TROVAS DE AVISO

Duas regras infalíveis

Na santa escola do bem:

Quem não estuda não sabe,

Quem não trabalha não tem.

Alegria de uma casa

Tem este preço comum:

Um tanto de caridade

Da parte de cada um.

Livro: Antologia da Criança – Médium: Chico Xavier – Espírito: Múcio Teixeira.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 15 de abril de 2024

Ser Bom

É tão fácil ser bom! Por que não ser?
Por que não espalhar em derredor,
O perfume sutil do bem querer,
Que faz a vida parecer melhor?

Um gesto bom, uma palavra boa!
Às vezes custam pouco e valem tanto!
Como é feliz o que ama, o que perdoa,
O que sabe fazer cessar o pranto!

Uma palavra dura soa mal!
É uma gota de fel que destilamos;
Tem porém ressonância de cristal,
Qualquer palavra boa que digamos.

Ao rico, ao pobre, ao velho ou à criança,
A todos trata com igual carinho.
E guarda na tua alma esta lembrança
Que é bem melhor ser flor que ser espinho.

Se é tão fácil ser bom, sejamos bons;
Seguindo a lei divina da bondade,
E no cultivo dos melhores dons,
Havemos de alcançar a santidade.

Autor: Abdiel Monteiro.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 1 de abril de 2024

Canção do Perdão

Escuta, meu irmão esta mensagem
que o mestre envia com amor!
É luz iluminando tua romagem
pelos caminhos da dor.

Perdoa
a quem te ofende e calunia
esquece todo o mal
e encontrarás alegria...

Perdoa sem impor humilhação
e terá Jesus no coração!
Perdoa com sinceridade
e encontrarás felicidade.

Transforma o ódio em amor,
o espinho em perfumada flor...
Segue na vida sempre amando
e ao inimigo perdoando.

Autor: João Cabete.

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 15 de março de 2024

Consolação

Na taça da nossa vida
Há muito fel, muita dor;
Uma esperança perdida,
-Perdido um botão de flor!

Que vale, pois, a ventura,
Se tudo passa entre nós?
Pela noite fria, escura,
Vivemos chorando a sós!

Mas se esta vida é um sonho,
Se o prazer - uma ilusão,
Se o sol não brilha risonho
Entre a negra cerração,

Procuremos a verdade
No que dissera Jesus;
Busquemos felicidade
No peso da nossa cruz!

Porque sofrer nesta vida
É ter na outra a gozar;
E toda a esperança, perdida,
No céu depois encontrar!

Porque serão consolados
Os que choram de dor,
Encontrando os bem - amados,
- Os filhos do nosso amor!

Autor: Bittencourt Sampaio - Fonte: Revista Reformador.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de março de 2024

NUNCA ESMOREÇAS

Alma fraterna, recorda:
Os momentos infelizes,
Parecem noites de crises
Em que o céu lembra um vulcão;

Ribombam trovões no espaço,
Coriscos falam da morte,
Passa irado o vento forte,
Tombando troncos no chão...

Os animais pequeninos
Gritam pedindo socorro
Descendo de morro em morro,
Cai a enxurrada a correr...

Mas finda a borrasca enorme,
No escuro da madrugada,
Em riscas de luz dourada,
Vem o novo amanhecer.

Assim também na vida,
Se atravessas grandes provas,
Na estrada em que te renovas,
Guarda a calma ativa e sã;

Sofre, mas serve e caminha,
Vence a sombra que te invade,
Se a hora é de tempestade,
Há novo dia amanhã...

Médium: Chico Xavier – Espírito: Emmanuel.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 15 de fevereiro de 2024

Se você não puder ser um pinheiro no topo de uma colina, 
Sê um arbusto no vale - mas sê 
O melhor arbusto à margem do regato.
 
Sê um ramo, se não puder ser uma árvore. 
Se não puderes ser um ramo, sê um pouco de relva 
E dá alegria a um caminho. 

Se não puderes ser uma estrada, 
Sê apenas um senda.
 
Se não puderes ser Sol, sê uma estrela. 
Não é pelo tamanho que terás êxito ou fracasso... 

Mas sê melhor no que quer que sejas! 

Autor: Douglas Malloch 

Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Se Há Tanta Paz...

Se há tanta paz no azul que o céu abriga,
E há tanto azul que tanto bem nos faz,
Se há tanto azul e há tanto céu, me diga,
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz no verde-mar da onda
Que faz-se verde e em branco se desfaz,
Se há tanta onda pelo mar, responda:
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz no odor das multicores
Flores: orquídeas, rosas, manacás...
Se há tanta paz em cada flor e há tantas flores,
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz nos cânticos suaves
Que entoam na alvorada os sabiás,
Se há paz num canto de ave e há tantas aves,
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz na brisa que desliza
Sobre as folhagens, tímida e fugaz;
Se há tanta paz na brisa e há tanta brisa,
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz nas expressões tão mansas
Que ao vir ao mundo uma criança traz,
E cada dia existem mais crianças,
Por que o homem não encontra paz?

Se há tanta paz nos corações com fé
Que atrai o bem e afasta as coisas más,
Então oremos juntos, todos de pé,
Para que o homem encontre um dia a paz!

Autor: Luna Fernandes.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

segunda-feira, 1 de janeiro de 2024

Na Vinha do Senhor

Precisa-se de um homem novo...
para atuar no movimento
Que encare com destemor...
os desafios deste momento

Que se integre nos grupos...
trace as metas confiante
Que abrace e honre seu cargo...
sereno e perseverante

Precisa-se de um homem sério...
entusiasta, empolgado
Que os outros sigam, respeitem...
por ser nobre e educado

Que arquitete e construa...
com responsabilidade e coerência
Perfil do homem de bem...
incorporado na vivência

Que use o discernimento...
atenda as “vozes amigas”
Partilhe trabalho e poder...
esqueça queixas e intrigas.

Precisa-se de um bom espírita...
conhecedor da Doutrina
Agindo conforme prega...
as leis da Justiça Divina

Que dignifique o seu grupo...
veja em cada servidor
Alguém buscando equilíbrio...
entre o respeito e o amor

Precisa-se de alguém com fé...
sensível e harmonizado
Mesmo não o reconhecendo...
seja bom e evangelizado

E por fim que seja humilde...
forte, que a hora é de dor
Para servir de operário...
na vinha de Nosso Senhor.

Autor Desconhecido
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

sexta-feira, 1 de dezembro de 2023

LIÇÃO DE FÉ

Coração, não te perturbes,

Se, em torno, há quem se desmande,

Se a luta surge tão grande,

Que tudo é aflição no ar...

Abraça os próprios deveres,

Acalma-te, serve e lida,

Que Deus, sustentando a vida,

Só nos pede confiar.

Olha os exemplos do campo,

Na noite de tempestade,

O solo é treva e ansiedade

Sob o granizo e bater;

Caem troncos, rolam penhas,

O raio quebra a montanha,

O lodo se desentranha,

É a gleba a se desfazer.

Escondem-se, furna em furna,

Os peregrinos da estrada,

Passarinhos na ramada

Lançam pios de oração;

Ouvem-se gritos selvagens,

É o vento brandindo o açoite,

Cortando as formas da noite

E uivando desolação.

Mas outro dia está pronto...

A madrugada vem vindo,

Um roseiral no céu lindo

É o jardim que o Sol produz;

O clarão cresce e se espalha,

A brisa afaga os caminhos,

Brilham copas, cantam ninhos,

Toda a Terra é um mar de luz.

Coração, assim também,

Depois da estrada de prova,

Eis que a vida se renova

Na esperança a ressurgir;

A bênção do amor renasce,

A alegria se proclama,

É Deus que te busca e chama

A novo e belo porvir.

Livro: Antologia da Criança – Médium: Chico Xavier – Espírito: Maria Dolores.
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.
 

quarta-feira, 15 de novembro de 2023

O Rio em Busca do Mar

Dizem que o rio quando chega
Nas redondezas do mar
Teme e treme de incerteza
De sumir, de se acabar
De deixar de existir
Mas não pode mais voltar.

Só permanece seguindo
Vai seguindo sem parar
E o temor vai aumentando
E ele começa a lembrar
Da sua humilde nascente
Do olho d’água a brotar.

Do primeiro animalzinho
Que a sede vai saciar
E da grande alegria
De ter podido ajudar
E do seu pedido mudo
De mais crescer para mais dar

Sentiu que Deus escutara
E o fez crescer sem parar
Transbordar, sulcar a terra
Na ânsia de conquistar
Logo em riacho cantante
Iria se transformar.

Quando esse seu caminho
Pedras queriam barrar
Calava, amava e crescia
Crescia até transbordar
Crescendo e aprendendo
Caminha sem parar.

E sentiu felicidade
Vendo tudo se aproximar
Tanto peixe vivendo
Tanto animal a banhar
Viu o homem canalizando
Sua força pra irrigar.

Viu que Deus mais o enchia
Quanto mais tinha pra dar
E quanto mais se doava
Mais crescia sem parar
Outros veios desaguavam
E em rio viu-se transformar.

Viu cidades se formarem
Pra dele se saciar
Viu o homem utilizá-lo
Até pra se transportar
Sentia a felicidade
Em si também desaguar.

Ajudou plantas e bichos
Viveu pra dessedentar
Enfim ajudou o homem
A progredir sem parar
Alimentou e serviu
No seu caminho para o mar.

E agora que ao oceano
Já podia divisar
O medo se apossava
A cada aproximar
Mais veloz na correnteza
Não pode mais voltar

E docemente se entrega
Deixa-se ali desaguar
E agora sente mais vida
Sente a força lhe tomar
É uma força infinita
Que não tem como explicar.

E quanto mais se entrega
Começa a se transformar
Não sente a prisão das margens
Sente uma sem fim lhe tomar
Sente-se o próprio gigante
Morreu rio renasce mar.

Quem se apega ao caminho
Não percorre o caminhar
A vida é uma aventura
É um grande desaguar
Nascer, crescer e renascer
Como o rio buscando o mar.

Merlânio Maia
Imagem meramente ilustrativa – Fonte: Internet Google.