Escuta, meu
irmão, agora é o dia.
Em que a
Bênção Celeste nos coroa,
Convidando à
tarefa clara e boa
De espalhar
a alegria.
Desce do
altar caseiro a que te elevas
E acende
sobre a noite de quem chora
Uma réstia
de aurora,
Adelgaçando
as trevas...
Assinala,
mais perto,
De coração
fiel, amigo e atento,
O dorido
lamento
Dos que
passam clamando no deserto.
É a miséria
sem lar vagando além,
A
ignorância, torva e envilecida,
A criança
perdida
E o doente
cansado sem ninguém...
Desce do
pedestal nobre e sublime
Em que a
glória da fé te ilustra o nome,
Trazendo o
pão onde se estenda a fome
E a luz de
Deus onde corveje o crime.
Sobre o
abismo das lágrimas debruça
O coração tranquilo
e consolado
E
encontrarás Jesus crucificado
Em cada
peito humano que soluça...
Em ti que
trazes, rútilo e fecundo,
O brasão do
Evangelho na alma ardente
Recai o
privilégio onipresente
De revelar o
Cristo sobre o mundo!
Escuta, meu
irmão, agora é o dia
Em que a
Bênção Celeste nos coroa,
Convidando à
tarefa clara e boa
De espalhar
a alegria...
Autor: José
Tatagiba
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