E suportas,
sem pausa, alma querida,
Doença,
inquietação, infortúnio, tristeza,
No imenso
desencanto da alma presa
No grande
espinheiral de ansiedade e de dor...
Ninguém
entende as lágrimas que choras,
Pois em tudo
de bom que o mundo te oferece,
Retiras tão
somente o socorro da prece,
Por doação
de paz, no Céu, em teu favor.
Na vastidão
da noite, entregue ao pensamento,
O silêncio é
uma farpa em que te cortas...
Ajuntas
esperanças semimortas,
Sem que a
memória as possa carregar...
Onde os teus
sonhos? Onde os teus projetos?
Todos se
foram sob a ventania
Da provação
que ruge e rodopia,
Extinguindo
o prazer e deixando o pesar.
Entretanto,
não temas. Luta e segue...
Alguém te
escuta e vê a presença sofrida,
Resguardando-te
a fé e amparando-te a vida,
Doando-te
consolo, paz e luz.
Chora, sem
atirar-te ao desespero,
Tolera a
própria dor, por mais estranha,
No apoio
desse alguém que te acompanha,
Que esse
alguém é Jesus.
Autora:
Maria Dolores
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