Enquanto o
mundo, lá fora,
Suporta rude
tormenta,
Sob a
discórdia violenta
Que sombra e
angústia descerram,
Neste pouso
de esperança,
Artistas e
benfeitores
Espalham
bênçãos e flores
Que afastem
a dor da Terra.
Tantos
convites à paz,
Que a fé
reúne e condensa,
Para que a
paz brilhe e vença,
Reconforta-nos
ouvir,
Notando a
vossa bondade,
Em que me
inspiro e comovo,
Sentimos
Jesus, de novo,
No presente
e no porvir.
Soubestes
ler a mensagem
Da Natureza
divina,
O Sol jamais
raciocina
Para dar luz
e calor;
A fonte
serve sem paga,
O ar é um
brinde opulento
Que verte do
firmamento
Em oceanos
de amor.
As árvores
generosas,
Tanto aos
homens, quanto aos brutos,
Entregam
seus próprios frutos,
Diferentes,
tais quais são;
Os pássaros,
onde surgem,
Usando
requinte de arte,
Exaltam, em
toda parte,
A força da
Criação.
Também vós,
no excelso câmbio
Do Bem que
traz a alegria,
Que,
sobretudo, alivia
Tantos pais
e tantas mães,
Guardais
convosco os prodígios,
Na química
do talento,
Que amparam
o sofrimento,
Trocando
rosas por pães! ...
Acendestes
com bondade,
No fulgor da
inteligência,
A luz da
beneficência,
Corações
amados meus! ...
A vossa
festa de auxílio,
Tão-só por
si nos revela
Que a vida é
sempre mais bela,
Buscando a
Bênção de Deus.
Autora:
Maria Dolores
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