Não creias
por bagatela
Que se
despreze a capricho,
Algo que
largues ao lixo:
O pouco que
possas dar.
Qualquer
apoio miúdo,
Por mais
singelo que seja,
É sempre luz
benfazeja
No instante
de auxiliar.
Medita no
companheiro
Que a prova martela
e espanta,
Que se deita
e se levanta,
Entre as
grades da aflição;
Talvez não
saibas ainda
Quanto lhe
vale ao desgaste
A roupa que
abandonaste
Ou qualquer
sobra de pão.
Vem conosco
à grande escola
Do esforço
beneficente,
Encontrarás
o doente
Com vasta
luta a vencer.
Ou a criança
rejeitada
Que não fala
e apenas chora,
Lírio
humano, luz de aurora,
Novo dia a
amanhecer.
Numa frase
de esperança,
Num pão, na
paz de uma prece,
Eleva,
ajuda, esclarece
E ampara
seja a quem for;
Quem estende
mãos fraternas
De quanto
vejo e já vi,
Está
construindo em si
O reino do
Eterno Amor.
Autora:
Maria Dolores
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