Alma
fraterna e boa,
Reconheço
que sou quase ninguém,
Mas agradeço
em preces de alegria,
O amor com
que me amparas, dia-a-dia,
Na seara do
bem.
Dos giros de
meu pobre itinerário,
Sempre
retorno, acalentando o anseio
De atenuar o
sofrimento alheio,
A buscar-te
o concurso necessário.
Ao
recolher-te a bênção de união,
Nas estradas
de prova em que prossigo,
Ante o doce
prazer de estar contigo,
Bem sei
quanto te devo à elevação.
Agradeço as
palavras de conforto
Que disseste
comigo ao doente sem nome,
Que tanta
vez se esfalfa e se consome,
De ânimo
fatigado e semimorto.
Deus te
abençoe a luz de bondade e carinho
Com que me
fortaleces a esperança
De não
desamparares a criança
Abandonada
às sombras do caminho.
Aquele apoio
que nos deste
Em auxílio
das mães, em desespero e luta,
É um hino de
louvor que o Céu escuta,
A
envolver-te de júbilo celeste.
O prato, a
vestimenta, o agasalho,
Que
entregaste aos irmãos em desabrigo,
Tudo o que
dás aos outros em trabalho
Converte-se
em socorro que bendigo.
Por tudo
quanto fazes e não fiz,
Por toda a
paz do teu afeto irmão,
Sempre fiel
ao bem, sempre nobre e feliz,
Deus te
guarde e ilumine o coração.
Autora:
Maria Dolores
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