Este é um blog de arquivo

ESTE BLOG É UM ARQUIVO DE POESIAS DO BLOG CARLOS ESPÍRITA - Visite: http://carlosespirita.blogspot.com/ Todo conteúdo deste blog é publico. Copie, imprima ou poste textos e imagens daqui em outros blogs. Vamos divulgar o Espiritismo.



sábado, 28 de janeiro de 2012

Vai Morrer do Mesmo Jeito


Muita gente anda dizendo:
- Nem de Longe eu penso em morte
Eu quero é gozar a vida
Ser feliz, ter muita sorte!
Esquece que ao nascimento
Sucede o falecimento
E este é o grande preceito
Pois o corpo envelhecendo
Mesmo o “cabra” maldizendo
Vai morrer do mesmo jeito!


Aqui ninguém é poupado
Sendo rico, ou sendo pobre,
Homem, mulher, branco, negro
A lei a ninguém encobre
Ignorante, cientista,
Analfabeto, artista...
Aqui não há preconceito
Ninguém se ache no cúmulo
De querer fugir do túmulo
Vai morrer do mesmo jeito!


Tem gente tão apegada
Que não quer envelhecer
Quando nasce uma ruguinha
Apressado vai fazer
Uma cirurgia plástica
Sua atitude é tão drástica
É “lipo” esticando o peito
Mas quando a hora é chegada
A máquina dá uma parada
Morre-se do mesmo jeito!


Caboclo que teme a morte
De tanto pensar nos erros
Não faz visita a doente,
Nem a velório ou enterros...
Mas só basta um desarranjo
Pra este sonhar com os anjos
Com os querubins e os eleitos
No seu velório é o assunto:
- Mesmo sem ver um defunto
Se esticou do mesmo jeito.


Agora eu fico olhando
E penso sem nenhum erro:
- Será que vai demorar
O dia do seu enterro?
Quem sabe a hora "malsã"?
Será hoje ou amanhã?
E imaginando direito
Já vejo um cacho de flores
Pois tendo ou não tendo dores
Vai morrer do mesmo Jeito!


Você aí, como vai?
Nunca esqueça neste plano
De que a morte é a certeza
Na existência do ser humano
Faça mais caridade
Aumente a sua bondade
Mude de valor e conceito
Que a vida é uma viagem
Que tendo ou sem ter bagagem
Vai morrer do mesmo jeito!


Merlânio Maia

sábado, 21 de janeiro de 2012

O Amor Sempre Há de Vencer


Quando a dor te alcançar
E o teu peito se encharcar
Te fazendo esmorecer
Olha as estrelas e vai
Lembra-te do eterno Pai
O amor sempre há de vencer.


Se a saúde te falta
Se a dor moral de assalta
E a sombra te envolver
Te entrega em vibrante prece
Pois Deus jamais te esquece
O amor sempre há de vencer.


Se alguém te ferir a alma
Perdoa, segue e te acalma
Não te permitas descer
Segue sem olhar para trás
Servindo andarás em paz
O amor sempre há de vencer.


Mesmo na treva mais densa
Aumenta mais tua crença
Faz a luz da fé arder
Vê que após a tempestade
Há mais fartura e bondade
O amor sempre há de vencer.


No mais terrível degredo
Permanece sem ter medo
Há sempre um alvorecer
Se a dor te joga na cama
Escuta o Pai que te ama
O amor sempre há de vencer.


Se te sentes fraquejar
Ora e espera o Sol raiar
Ilumina mais o teu ser
Nada temas, segue adiante
Qual fonte tonificante
O amor sempre há de vencer


Se ao norte há perseguição
Ao sul há desilusão
No leste o abismo crescer
Se a Oeste vem o assalto
O amparo virá do alto
O amor sempre há de vencer.


És herdeiro do universo
Um nobre ainda disperso
Buscando se conhecer
Filho do eterno reinado
E com Deus sempre ao teu lado
O amor sempre há de vencer.


Poema de Merlânio Maia

sábado, 14 de janeiro de 2012

Anseio de Amor


Quando me vi, depois da morte
E reclamei contra a fogueira
Em sublime transporte.
Que me havia calcinado a vida inteira
Pela sede de Amor...




Quando aleguei que fora, em toda a estrada.
Folha ao vento.
Andorinha esmagada
Sob o trator do sofrimento.


Quando exaltei a minha dor
Mágoa de quem amará sempre em vão
Farta de incompreensão...


Alguém chegou junto de mim
E disse assim
Tão cansada e infeliz
Que noticias me dá do vale fundo


De provação.
Onde a criatura de tanto padecer
Não consegue saber.
Se sofre ou não?
Você, que diz a seio morto


Que me pode falar
Dos meninos sem pão e sem conforto
Das mulheres sem lar
Dos enfermos sozinhos
Que a febre e a dor


Esmagam nos caminhos.
Sem sequer um lençol
Ou a benção de uma prece.
Dando graças a Deus
quando a morte aparece?




Você, Maria Dolores
Que afirma ter amado tanto
E que deve ter visto
O sacrifício e o pranto
De quem Clama por Cristo.


Suplicando o carinho que não tem
Que me pode contar daquelas outras dores
Daquelas outras aflições


Dos que choram trancados
Em manicômios e prisões.
Buscando amor, pedindo amor
Exaustos de tristeza e amargura


Como feras na grade
morrendo de secura
De solidão, de angustia
E de saudades.




Bem - querer!... Bem - querer!...
Ai de mim, que nada pude responder!
Que tortura, meu Deus a verdade, no Além!


Calei-me, envergonhada...
Eu apenas queria ser amada
nunca amara ninguém...


Maria Dolores