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quinta-feira, 15 de julho de 2021

Presença de Deus


Afirmas, muita vez, alma querida,
Em fervorosa prece: “Quero, Jesus, servir e cooperar contigo!...
Ah! Senhor, se eu pudesse!...”

Depois, declaras-te sem forças;
Pensa, entretanto, nisto:
Podes ser hoje mesmo, onde estiveres,
A sublime extensão da bondade de Cristo!...

Fita a sobra da mesa que te ampara;
Utilizando um pão, simples embora,
Consegues replantar as flores da alegria
Na penúria de quem chora.

Considera o montão de bens que atiras longe
Sem sentir, sem pensar, inconsequentemente:
Descobrirás nas mãos o privilégio
De estender reconforto a muita gente.

Lembra a moeda, tida por singela;
Escorada na fé que te bendiz,
Transforma-se na xícara de leite
Que socorre e refaz a criança infeliz.

Detém-te nos minutos disponíveis;
Ao teu devotamento se farão
A visita, a bondade, o carinho e consolo
Para o enfermo largado à solidão.

Trazes contigo os dotes da brandura:
Ante os golpes do ódio explosivo e violento,
Guardas a faculdade de extinguir
O fogo da revolta e o fel do sofrimento

Observa o tesouro da palavra:
Se envolvida de paz a tua frase alcança
Todo aquele que cai na sombra da tristeza
Para erguer-se de novo ao toque da esperança.

Não te digas inútil, nem te omitas...
A trabalhar, servir, amparar, recompor
Serás, alma querida, em qualquer parte,
A presença de Cristo em teu gesto de amor.

Autora: Maria Dolores

 

quinta-feira, 1 de julho de 2021

Todos Ricos

Não digas, alma irmã, que nada tens
Ante a dificuldade em que te recriminas,
Na grandeza do mundo em que Deus nos resguarda,
Olha o valor das coisas pequeninas.

Reflete na semente diminuta
Na terra áspera e seca que se enfresta,
Apesar do deserto que a rodeia
Pode ser o princípio da floresta.

Pensa na gota medicamentosa
Na convulsiva dor de impacto violento,
Simples gota, lembrando pétala de orvalho,
Suprimindo o poder do sofrimento.

Fita a mansão moderna alçada ao brilho
Da Terra enobrecida e renovada,
Quanto é pobre de força e segurança
Sem a presença humilde da tomada.

Se, um dia, atravessaste a noite espessa,
Tateando sem rumo dentro dela,
Conheces quanto aflige a escuridão
E quanto vale a chama de uma vela.

Não digas, alma irmã, que te sentes inútil,
Não existem no amor donativos plebeus,
Tens contigo a riqueza da esperança,
O sorriso da paz e a proteção de Deus.

Autora: Maria Dolores