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quinta-feira, 15 de agosto de 2019

Meia Hora


Ante a passagem do tempo,
Registra o valor do “agora”
Na bênção de meia hora,
Quanto bem a realizar!
Trinta minutos apenas
No espaço de cada dia
São plantações de alegria
Para quem busca ajudar.

Agora é a voz da coragem
Ao irmão que chora e luta,
Coração que pensa e escuta,
Podando aflição e dor!
Em outro ensejo, é o socorro,
Que se oferece à criança,
Que vaga sem esperança,
A míngua de paz e amor.

Depois, o amparo ao doente
Em visita mesmo breve,
A página que se escreve
Para consolo de alguém!
O apontamento otimista,
A frase sincera e boa,
A conversa que abençoa,
A prece em louvor do bem!

Meia hora – patrimônio,
De expressão indefinida,
Que o Céu nos concede à vida,
A todos, crentes e ateus!...
Irmãos, elevai o tempo,
Para o serviço fecundo,
Tempo é tesouro no mundo
Que verte do amor de Deus.

Autora: Maria Dolores

quinta-feira, 1 de agosto de 2019

Mas Rogo-te, Senhor


Senhor, eu te agradeço.
Não somente
As horas boas da felicidade,
Em que o meu coração tranquilo e crente
Dá-se ao louvor que te bendiz...
Agradeço igualmente os dias longos,
Em que varo o caminho, a pedra e vento,
Nos quais me ensinas sem barulho, Através das lições do sofrimento,
Como ser mais feliz.

Agradeço a alegria
Que me dispensas pelas afeições,
A bênção de ternura,
Em cuja luz balsâmica me põe
Sob chuvas de flor;
E agradeço a amargura
Que a incompreensão me traga,
O estilete da crítica ferina,
Que tanta vez me opine o peito em chaga
Para que eu saiba amar sem reclamar mais.

Agradeço o sorriso da esperança
Com que me fazes crer na verdade do sonho,
A segura certeza com que aguardo
O futuro risonho
Pela fé natural;
E agradeço-te a lágrima dorida,
Com que me alimpas a visão,
A fim de que eu prossiga, trilhe afora,
Sem caminhar, em vão,
Sob a névoa, do mel.

Agradeço por tudo o que me deste,
A ventura, a afeição, a dor, a prova,
O dom de discernir e o dom de compreender,
O fel da humilhação que me renova
Para que eu permaneça em ti no meu próprio dever...

Mas rogo-te, Senhor,
Quando me veja
Sob a perseguição e o sarcasmo das trevas,
No exercício do bem,
Não me deixes perder a paz a que me elevas,
Nem me deixes ferir ou condenar ninguém.

Autora: Maria Dolores