Este é um blog de arquivo
terça-feira, 1 de dezembro de 2020
Sempre o Bem
domingo, 15 de novembro de 2020
Reencontro no Além
segunda-feira, 2 de novembro de 2020
Pai Sempre
quinta-feira, 15 de outubro de 2020
Ouve Coração
Perguntas, coração,
Como sanar
as dores sem medida,
De que modo
enxugar a lágrima incontida
Sob nuvens
de fel e de pesar!...
Recordemos o
chão...
Quando o
lodo ameaça uma estrada indefesa,
Em cada
canto roga a Natureza:
Trabalhar,
trabalhar.
Fita o
aguaceiro que se fez tormenta.
Ao granizo
que estala, o vento insulta;
Seio de
mágoas que se desoculta,
A terra, em
torno, geme a desvairar...
Mas, finda a
longa crise turbulenta,
Sobre teto
quebrado, pedra e lama,
Renasce a
paz do céu que vibra e chama:
Trabalhar,
trabalhar.
Ressurge,
inalterado, o sol risonho,
Não pergunta
se o mal ganhou no mundo
A tudo
abraça em seu amor profundo,
A criar e a
brilhar!
Recebe cada
flor um novo sonho,
Cada tronco
uma bênção, cada ninho
Canta para
quem passa no caminho:
Trabalhar,
trabalhar.
Assim
também, nas horas de amargura,
Enquanto a
sombra ruge ou desgoverna,
Pensa na
glória da Bondade Eterna,
Acende a luz
da prece tutelar!
E vencerás
tristeza e desventura,
Obedecendo à
voz de Deus na vida
Que te pede
em silêncio, à alma ferida:
Trabalhar,
trabalhar.
Autora:
Maria Dolores
quinta-feira, 1 de outubro de 2020
Rendição
Perdoa-me, Senhor, se estou cansada
De meus
sonhos falidos,
Longe de ti,
vagando, estrada a estrada,
Nas muitas
quedas de meus tempos idos.
Jesus, se
posso ainda despenhar-me
Na treva em
que o passado me envolvia,
Que a tua
previdência me desarme
Qualquer
inclinação à rebeldia.
Se ainda
posso afundar-me em desalinho,
Replantando
ilusões pra frutos amargos,
Não me
deixes a sós, nos passos do caminho,
Conserva-me
no chão de meus próprios encargos.
Se agindo ou
imaginando, estiver a ferir
Nos gestos
sem razão de que ainda me valho,
Guarda-me no
dever sem meios de fugir
À escravidão
bendita do trabalho
Nas
construções verbais a que me entrego
No anseio de
encontrar tarefas benfazejas,
Não
consintas que eu diga as sombras que carrego,
Induze-me a
falar, conforme o que desejas.
Quando
vacile ou tente desertar
Da luz
bendita com que me renovas
Não me
deixes sair de meu justo lugar,
Mesmo à
custa de crises e de provas.
Despoja-me,
Senhor, da sombra que me enlaça,
A minha
teimosia chega ao fim,
Consente-me
entender o que queres que eu faça,
Ajuda-me,
Senhor, a esquecer-me de mim!...
Autora: Maria Dolores