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sábado, 30 de outubro de 2010


Ao Sol do Campo



Prossegue, semeador, alçando monte acima,

A plantação da fé na gleba da esperança,

Ara, semeia, aduba, e, intimorato, avança,

Consagrado a servir no sonho que te arrima.



Não aguardes lauréis de transitória estima

E se a nuvem de angústia e lágrimas te alcança,

Deténs na própria fé refúgio e segurança

No grande espinheiral de amor que te sublima.



Vara vento, granizo, injúria, lama, prova,

E espalha, aqui e além, a paz que te renova,

No tempo a recordar solo vivo e fecundo.



Ama, serve e constrói! ... Onde lidas e esperas,

Trazes contigo a luz dos gênios de outras eras

Que promovem, com Cristo, a redenção do mundo.


Livro: Recanto de Paz – Médium: Chico Xavier – Espírito: Auta de Souza.

sábado, 23 de outubro de 2010


A FLOR DA ESPERANÇA


Amanheceu e o sol brilha de novo.

A vida se renova em cada alvorecer.

Todo dia oferece uma chance, é momento pra recomeçar, primavera vem espalhando suas cores o chão, que hoje é triste, florescerá.

Cultive o sorriso, não deixe a estação passar.

Plante o amor. Que essa flor haverá de brotar.

Renove o sentimento que há dentro do seu coração, faça do seu tempo o esteio da evolução.

Semeie uma nova luz.

Não pense em desistir.

Vamos tentar crescer a cada dia.

Cante uma canção.

Segure a minha mão e lembre:

Plante o amor.

Que essa flor haverá de brotar.


Autor desconhecido.

sábado, 16 de outubro de 2010


Saudade


Quantas cidades vi! ...Pelas estradas,

Pensava em ti, de caminho a caminho!...

Ansiava chegar ao nosso ninho,

para beijar-te, enfim, as mãos cansadas...



Voltava ao nosso sítio sem vizinho,

Onde fazia as minhas traquinadas,

Sem esquecer-te as preces de carinho,

Que tenho na memória, resguardadas.



Tudo passou... O tempo corre e avança,

Apenas teu amor me domina a lembrança...

Teus canteiros de flores onde estão?



Vives no Alto Além... Estás, porém comigo,

Quero rever-te em nosso lar antigo,

Na saudade sem fim do coração!...



Soneto recebido pelo médium Francisco Cândido Xavier - Espírito Antonio Serra.

sábado, 9 de outubro de 2010


Na Vinha do Senhor


Precisa-se de um homem novo...
para atuar no movimento
Que encare com destemor...
os desafios deste momento

Que se integre nos grupos...
trace as metas confiante
Que abrace e honre seu cargo...
sereno e perseverante

Precisa-se de um homem sério...
entusiasta, empolgado
Que os outros sigam, respeitem...
por ser nobre e educado

Que arquitete e construa...
com responsabilidade e coerência
Perfil do homem de bem...
incorporado na vivência

Que use o discernimento...
atenda as “vozes amigas”
Partilhe trabalho e poder...
esqueça queixas e intrigas.

Precisa-se de um bom espírita...
conhecedor da Doutrina
Agindo conforme prega...
as leis da Justiça Divina

Que dignifique o seu grupo...
veja em cada servidor
Alguém buscando equilíbrio...
entre o respeito e o amor

Precisa-se de alguém com fé...
sensível e harmonizado
Mesmo não o reconhecendo...
seja bom e evangelizado

E por fim que seja humilde...
forte, que a hora é de dor
Para servir de operário...
na vinha de Nosso Senhor.


Autor Desconhecido

sábado, 2 de outubro de 2010


O Rio em Busca do Mar



Dizem que o rio quando chega
Nas redondezas do mar
Teme e treme de incerteza
De sumir, de se acabar
De deixar de existir
Mas não pode mais voltar.

Só permanece seguindo
Vai seguindo sem parar
E o temor vai aumentando
E ele começa a lembrar
Da sua humilde nascente
Do olho d’água a brotar.

Do primeiro animalzinho
Que a sede vai saciar
E da grande alegria
De ter podido ajudar
E do seu pedido mudo
De mais crescer para mais dar

Sentiu que Deus escutara
E o fez crescer sem parar
Transbordar, sulcar a terra
Na ânsia de conquistar
Logo em riacho cantante
Iria se transformar.

Quando esse seu caminho
Pedras queriam barrar
Calava, amava e crescia
Crescia até transbordar
Crescendo e aprendendo
Caminha sem parar.

E sentiu felicidade
Vendo tudo se aproximar
Tanto peixe vivendo
Tanto animal a banhar
Viu o homem canalizando
Sua força pra irrigar.

Viu que Deus mais o enchia
Quanto mais tinha pra dar
E quanto mais se doava
Mais crescia sem parar
Outros veios desaguavam
E em rio viu-se transformar.

Viu cidades se formarem
Pra dele se saciar
Viu o homem utilizá-lo
Até pra se transportar
Sentia a felicidade
Em si também desaguar.

Ajudou plantas e bichos
Viveu pra dessedentar
Enfim ajudou o homem
A progredir sem parar
Alimentou e serviu
No seu caminho para o mar.

E agora que ao oceano
Já podia divisar
O medo se apossava
A cada aproximar
Mais veloz na correnteza
Não pode mais voltar

E docemente se entrega
Deixa-se ali desaguar
E agora sente mais vida
Sente a força lhe tomar
É uma força infinita
Que não tem como explicar.

E quanto mais se entrega
Começa a se transformar
Não sente a prisão das margens
Sente uma sem fim lhe tomar
Sente-se o próprio gigante
Morreu rio renasce mar.

Quem se apega ao caminho
Não percorre o caminhar
A vida é uma aventura
É um grande desaguar
Nascer, crescer e renascer
Como o rio buscando o mar.

Merlânio Maia