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quinta-feira, 15 de dezembro de 2016

POESIA DE NATAL

Que neste Natal,
eu possa lembrar dos que vivem em guerra,
e fazer por eles uma prece de paz.

Que eu possa lembrar dos que odeiam,
e fazer por eles uma prece de amor.

Que eu possa perdoar a todos que me magoaram,
e fazer por eles uma prece de perdão.

Que eu lembre dos desesperados,
e faça por eles uma prece de esperança.

Que eu esqueça as tristezas do ano que termina,
e faça uma prece de alegria.

Que eu possa acreditar que o mundo ainda pode ser melhor,
e faça por ele uma prece de fé.

Obrigada Senhor:

Por ter alimento,
quando tantos passam o ano com fome.

Por ter saúde,
quando tantos sofrem neste momento.

Por ter um lar,
quando tantos dormem nas ruas.

Por ser feliz,
quando tantos choram na solidão.

Por ter amor,
quantos tantos vivem no ódio.

Pela minha paz,
quando tantos vivem o horror da guerra.


Autor Desconhecido – Fonte do texto: Internet Google.

quinta-feira, 1 de dezembro de 2016

Carta do Perdão

Alma boa, onde estiveres,
Tranquiliza quem te escuta,
Seja na dor ou na luta
Da prova que envolva alguém...
Construindo entendimento,
Eis que a vida te deseja
A palavra benfazeja
Na garantia do bem.

Recorda: às vezes, o incêndio
Que se amplia, cresce e arrasa
É uma faísca de casa,
Mantida em desatenção;
Vemos também grandes males,
Surgindo de bagatela
Que a sombra desenovela
Num pingo de irritação.

Fita os Céus... De estrela a estrela,
O Universo brilha e avança
Com garbos de segurança
Que não se sabe explicar;
É Deus que nos lembra à vida,
Desde os Paramos Supremos,
O dever que todos temos
De servir e edificar.

Onde estiveres, atende
Ao nosso claro programa:
Desculpa, trabalha e ama
Em qualquer senda a transpor;
Onde a discórdia apareça,
Aí é que Deus te eleva
Por luz que dissipe a treva
Na benção do Eterno Amor.


Autora: Maria Dolores

quarta-feira, 16 de novembro de 2016

Cantiga do Perdão

Não te iludas, amigo,
Por mais se expandam lágrimas contigo,
Todo lamento é vão...

Tudo o que tende para a perfeição,
Todo o bem que aparece e persiste no mundo
Vive do entendimento harmônico e profundo,
Através do perdão...

Perdão que lembra o sol no firmamento,
Sem se fazer pagar pelo foco opulento,
A vencer, dia-a-dia,
A escuridão da noite insondável e fria
E a nutrir, no seu longo itinerário,
O verme e a flor, o charco e o pó, o ninho e a fonte,
De horizonte a horizonte,
Quanto for necessário;

Perdão que nos destaque a lição recebida
Na humildade da rosa,
Bênção do céu, estrela cetinosa,
Que, ao invés de pousar sobre o diamante,
Desabrocha no espinho,
Como dizer que a vida,
De caminho a caminho,
Não despreza ninguém,
E bela, generosa, alta e fecunda,
Quer que toda maldade se transfunda
Na grandeza do bem...

Perdão que se reporte
À brandura da terra pisoteada,
Esquecida heroína de paciência,
Que acolhe, em toda parte, os detritos da morte,
E sustenta os recursos da existência,
Mãe e escrava sublime de amor mudo,
Que preside, em silêncio, ao progresso de tudo!...

Amigo, onde estiveres,
Assegura a certeza
De que o perdão é lei da Natureza,
Segurança de todos os misteres.

Perdoa e seguirás em liberdade
No rumo certo da felicidade,
Nas menores tarefas que realizes,
Para lembrar sem sombra os instantes felizes.

Na seara da luz,
Na qual a Luz de Deus se insinua e reflete,
É forçoso exercer o ensino de Jesus
Que nos manda perdoar
Setenta vezes sete Cada ofensa que venha perturbar
O nosso coração.

Isso vale afirmar,
Na senda de ascensão,
Que, em favor da vitória,
A que aspiras na luta transitória,
É mais do que importante, é essencial,
Que te esqueças, por fim, de todo mal!...

E que, em tudo, no bem a que te dês,
Seja aqui, mais além, seja agora ou depois,
Deus espera que ajudes e abençoes,
Compreendendo, amparando e servindo outra vez!...


Autora: Maria Dolores

terça-feira, 1 de novembro de 2016

Confidência

Se eu pudesse, Jesus,
Desejava esquecer
A minha imperfeição,
A fim de ser contigo,
Onde houvesse aflição,
O suave calor
Do braço terno e amigo
Que derrame esperança em todo o sofrimento
De modo que, na Terra,
Ninguém padeça em vão.

Queria ser
Uma chama de fé, ao longo do caminho,
Um pingo de bondade a descer persistente
Sobre a rocha do mal em que a treva se fez,
Queria ser migalha de conforto
A todo o coração que esta sozinho,
Proteção a orfandade,
Companhia a viuvez.

Queria ser a brisa
Que refrigera a mente em cansaço profundo,
Combalida na prova
Quando a tristeza vem,
Queria ser a escora pequenina,
Que sustentasse os náufragos do mundo,
Para regresso a vida nova,
Pelas vias do bem.

Queria ser a força do silencio
Que verte do sorriso de brandura
A suprimir o incêndio da revolta
De quem desespera ou se maldiz;
Queria ser o beijo da alma boa
Que seca o pranto de quem se tortura,
Ante os golpes de lama
Da calunia infeliz.

Queria ser a prece que afervora
E alivia o doente,
Socorro, de algum modo, a retratar-se,
Queria ser, enfim, ao teu lado, Senhor,
Alguém que se olvidasse, inteiramente,
Dia a dia, hora a hora,
A fim de ser contigo, em toda parte,
Uma benção de amor.


Autora: Maria Dolores

sábado, 15 de outubro de 2016

Colheita

Se consegues guardar o coração
Sem queixumes em vão,
Além das nuvens densas,
Feitas em vibrações de sarcasmos e ofensas,
Sem que a força da fé se te degrade,
Quando rugem, lembrando tempestade...

Se olhas para o mal que te rodeia,
Respeitando, em silêncio, a luta alheia,
Se não te fere ouvir
A expressão que te espanca ou te censura,
No verbo avinagrado da amargura,
Sem alterar teu sonho de servir...

Se Logras conservar a luz no pensamento,
Ante os assaltos do tufão violento,
Que se forme da injúria que atraiçoa,
E trabalhas sem mágoa e ajudas sem tristeza,
Plantando o reconforto, a bondade e a beleza,
Sem perder a esperança na alma boa...

Se já podes, enfim,
Converter toda lama em trato de jardim
E criar alegria em tua própria dor,
Para auxílio a quem chora ou socorro de alguém,
Então terás chegado à compreensão do bem,
Para viver em paz, na vitória do amor!...


Autora: Maria Dolores

sábado, 1 de outubro de 2016

Cantiga da Reencarnação

Um homem agonizava, mas embora
Não pudesse expressar palavra alguma,
Na sombra interior que o desarvora,
Pede em silencio ao corpo:

- “ Ampara-me, por Deus!
Eu não quero morrer, ajuda, corpo amigo,
Não te quero deixar, preciso estar contigo,
Sem ti temo cair em abismos fatais...”

Era o apelo de instantes derradeiros
Naquele portador de moléstia obscura,
Que ainda não chegará aos cinquenta janeiros
E que tudo indicava
Estar descendo à morte prematura.

De consciência lúcida, lembrava
Em contrição sincera,
As forças que gastara, inutilmente,
As noites dos excessos de aguardente
E os abusos sem conta que fizera...

E, ante a morte a surgir, sempre mais perto,
Continua a rogar ao corpo enfraquecido:
- “Corpo que Deus me deu, não me deixes caído,
quero mais tempo, a fim de preparar-me
para aceitar sem medo e sem alarme,
a ideia de perder-te e entrar em rumo incerto”.

Entretanto,
De espírito cansado,
A desfazer-se em pranto,
Nas vascas da agonia,
Ouviu a voz do corpo fatigado,
Que, por fim, lhe dizia:

“Escuta, meu amigo,
Eu sou teu servo e sei que és meu senhor,
Sempre te obedeci com desvelado amor,
Deus me criou para a missão
De atender-te em completa servidão.

Nunca me viste a desobedecer
As ordens que me destes
Fossem justas ou não,
Porquanto o meu dever
É o de servir-te sem reclamação.

Mas indaga de ti quantas vez me impuseste
Noitadas de prazer, ruinosas ou vazias,
Depredando-me as próprias energias
Que Deus me concedeu, em teu favor...

Embora eu te avisasse
Com a minha própria dor
Que o remorso produz tristeza e enfermidade,
Adquiriste displicente,
Cargas de sombra sobre a própria mente,
Culpas e culpas sem necessidade...

Repito: sou teu servo e, em nada te condeno,
Mas demonstrando entendimento estreito,
Gastaste-me as reservas sem proveito,
Consumindo-me as forças,
A pedaços de abuso e a doses de veneno...

Dei-te tudo o que eu tinha,
Nada me resta agora,
Senão me recolher à derradeira hora,
Em que eu deva tornar, com segura presteza,
À recomposição da natureza!...”

O homem ouviu o corpo em despedida
Mas não tinha defesa
Contra os próprios desmandos, ante a vida...
No silencio de mágoa indefinida,
Voltou-se para Deus em oração,
Pediu misericórdia, amparo e proteção,
E, ante o corpo que se lhe enrijecia,
Chorou o companheiro que perdia...

Longo tempo passou, em clima de amargura,
No entanto, ao se afundar em crises de loucura,
Fez-se-lhe a prece continuada,
Nos sofrimentos em que avança
Um clarão de esperança...

Tinha nódoas de culpa, em lágrimas sofria,
Mas, o Céu lhe apontava a luz de novo dia...
No íntimo, o Senhor o exortava somente,
A regressar ao mundo e tentar novamente
Extinguir em si mesmo os males que trazia...

O espírito em falência, exânime, inseguro,
Pensou nas novas bênçãos do futuro,
Viu a reparação por justiça e dever,
E agradecendo aos Céus
Gritou feliz, livre, mas preso ao chão:

- “Glória a Deus pela benção de sofrer,
Glória a reencarnação que obterei um dia,
A fim de achar na dor a essência da alegria,
O Dom de trabalhar e a graça de nascer!”


Autora: Maria Dolores

quinta-feira, 15 de setembro de 2016

Cantiga da Fé

Indagas, coração,
Como seguir além de alma segura,
Ante a noite de pranto e de amargura,
Como agir e avançar...

Contemplemos a estrada em que marchamos:
Quando a tormenta ruge, implacável e cega,
A vida roga em tudo a que se apega:
Confiar, confiar...

Bramem trovões, ao longe riscam raios,
Grandes árvores tombam retorcidas,
Gemem no vale multidões de vidas,
O furacão é um monstro sem lugar...

As aves espantadas, entretanto,
Relegadas, de chofre, aos assombros da furna,
Pipilam, como em prece, ante a treva noturna:
Confiar, confiar...

Pedras lascadas rolam sob estrondos,
Gritam rochas no impacto violento,
Braços ocultos no fragor do vento
Movem a gleba multissecular...

Águas descendo gera fúria, jorram lodo
E engolindo-as gera paz, sem que se afronte,
Conquanto a sufocar-se, reza a fonte:
Confiar, confiar...

Mas o aguaceiro passa... A sombra aos poucos,
Foge temendo o dia que a devora
As janelas de luz da nova aurora
Abrem-se, a plenos céus, de par em par...

O Sol ressurge a refazer o campo
Depois extingue a lama dos caminhos
E as aves cantam restaurando os ninhos:
Confiar, confiar...

Assim também, alma querida e boa,
Nos momentos de angústia a que te levas
Sofre sem reclamar a convulsão das trevas,
Persistindo no bem, a servir e a esperar...

E embora as aflições e as lágrimas do mundo,
Pela fé, ouvirás, de ânimo atento,
A mensagem de Deus no amento:
Confiar, confiar...


Autora: Maria Dolores

quinta-feira, 1 de setembro de 2016

Cantando Agradecemos

Deus te abençoe, alma fraterna
Pela presença amiga
Com que honras a festa da bondade
No recinto de luz que nos abriga!...
Certamente, deixaste à retaguarda
Deveres que transportas na lembrança,
Mas, mesmo assim, trouxeste o teu concurso
Aos que choram nas filas da esperança...

Deus te abençoe a inteligência
Com que enfeitaste de harmonia,
Arte, renovação, cor e beleza
Esta noite de paz e de alegria,
Talvez sentindo o coração magoado,
Pelas tribulações do mundo desatento,
Sem, no entanto, esquecer os irmãos que vagueiam,
Entre a necessidade e o sofrimento.

Deus te abençoe a frase generosa
Com que extingues o mal, onde o mal se levante,
Para que a chama da beneficência
Possa seguir adiante...
Varando incompreensões,
Tudo sabe transpor,
Emoldurando as pedras da jornada
Com pétalas de amor.

Deus te abençoe, alma da caridade,
Que buscas, por prazer,
Mostrar que qualquer dor lembra a noite que passa
E o bem, onde aparece, é sempre o amanhecer!...
Segue e não temas!...Ama, crê e auxilia
Que prova alguma te atordoe...
Por toda a luz que espalhas, dia-a-dia,
Deus te guarde e abençoe.


Maria Dolores

segunda-feira, 15 de agosto de 2016

Campanha da Benção

A campanha continua:
A caridade em trabalho,
O pão, o teto, o agasalho
E a frase de luz a expor...
Os Mensageiros da Bênção
Retornam do Céu em bando,
A cada um convidando
Para a seara do amor.

Em nossos campos de ação,
Nos mais estranhos caminhos,
Ciladas, pedras e espinhos
São entraves como são...
Vem às tarefas do auxílio,
Qualquer peça de consumo
Serve aos que avançam sem rumo
Calcando as urzes do chão.

Em outras faixas de vida,
Eis que a treva se condensa
Nos enganos da descrença
Que só desditas produz;
Fala o verbo que alimente
O amor que jamais se cansa.
Planta consolo e esperança,
Espalha bondade e luz.

Olvida nódoas e chagas,
Se a provação te aguilhoa,
Trabalha, serve e perdoa,
Guarda a fé que te mantém.
Se algo te fere, silêncio!...
Deixa o mal na sombra externa,
Deus sabe como governa
A força viva do Bem.


Autora: Maria Dolores

domingo, 31 de julho de 2016

Caminho da Elevação

Se aspirar a servir, alma querida,
Não deixes de aprender, ante as lições da vida.

Lenha para expulsar o frio que há lá fora,
Converte-se na chama que a devora.

Ouro para vencer em prestígio e valor,
Sofre a depuração, sublimado em calor.

Para chegar de longe, e atender-nos, de todo,
Muita fonte atravessa imensidões de lodo.

Tronco para formar refúgio organizado,
Padece a intromissão da serra e do machado.

Se procuras também, a benção de elevar-te,
Esquece-te amparando o mundo em qualquer parte.

Quem procure por Deus aceite por dever
Trabalhar e servir, suportar e esquecer.


Autora: Maria Dolores

sexta-feira, 15 de julho de 2016

Berço e Mãe

Prosseguindo, Senhor, nos teus caminhos,
Em que a tua bondade nos conduz,
Deixa-me agradecer-te o berço generoso
Que me cedeste, um dia, ao anseio de luz.

Esse é o brinde mais belo que conservo
Nos meus ricos tesouros da lembrança,
Porquanto foi no mundo, Amado Amigo,
Que te encontrei o amparo sem mudança.

Em criança de colo, ante uma tela antiga,
Pela fé, minha mãe, me pedia te olhar:
"Fala, filha, quem é?...e eu dizia "Jesus!..."
E nunca me esqueci dessa benção do lar.

Depois, saí à luta, ao trabalho da escola,
A vida era lição, de instante para instante,
Mas foste sempre em mim, por toda parte,
O invisível pastor e o socorro incessante.

Senhor, tu que venceste o tempo e a morte,
Segues hoje conosco, dia-a-dia,
E te fazes clarão, hora por hora,
Nutrindo-nos no peito a força que nos guia.

É por isso, Jesus, que te relembro,
A fim de agradecer-te, estejas onde estejas,
Repetindo a cantar, na pauta da esperança:
"Sê bendito, Senhor!...Louvado sejas!..."


Autora: Maria Dolores

sexta-feira, 1 de julho de 2016

Benção do Céu

Conta uma lenda antiga que o Senhor
Veio à Terra formada, certo dia...
Com tamanhos recursos a dispor,
O Planeta sentia
Necessidade de instrução e amor.

Espíritos humanos, aos milhares,
Vagueavam sonâmbulos no solo;
E embora sob a luz dos gênios tutelares,
Do campo imenso ao íntimo dos mares
Viviam em distúrbio, pólo a pólo.

Falta a ordem para os elementos,
Mas o Senhor agindo com presteza,
Fez a organização da Natureza,
A envolver toda a Terra na grandeza
Dos seus altos e sábios pensamentos.

Coube ao Sol a missão de sustentar a vida,
Atravessando alturas sem vencê-las;
E, para refazer cada existência em lida,
A noite recebeu a paz indefinida,
Asserenando o mundo ao clarão das estrelas.

Foi entregue o limite às linhas do horizonte,
As árvores florindo em campo aberto
Deram-se à produção de valores em monte;
Depois, encarregou-se a bondade da fonte
De fecundar o chão e amparar o deserto.

A ovelha improvisou os fios do agasalho,
Reclamou-se da abelha o favo suculento,
Inventou-se a bigorna para o malho,
Tudo era disciplina, harmonia e trabalho
Que o Senhor dirigia calmo e atento.

Mas os seres dotados de razão
Espalharam-se em grupos sobre a Terra...
Inteligências sob o orgulho vão,
Separaram-se em muros de ambição
E criaram a dor, a violência e a guerra.

Vendo o ódio crescer, de segundo a segundo,
O Senhor os guiou à experiência nova;
Deu-lhes doce prisão em corpos sobre o mundo,
Para terem, por si, a paz do amor profundo
Pelas tribulações e lágrimas da prova.

Notando-lhes, porém, as blasfêmias e os brados
De sofrimento e desesperação,
Viu que na condição de seres encarnados,
Quase todos espíritos culpados,
Exigiam carinho e proteção.

Quem seria capaz de tamanha bravura?
Doar-se sem pedir? Amparar sem prender?
Quem seria, afinal? Onde a criatura,
Cuja afeição se erguesse, até mesmo à loucura,
Achando a luz no caos, a sorrir e a sofrer?

O Senhor meditou, meditou... Em seguida,
Separou certa jovem dentre os réus,
Revestiu-a do amor sem sombra e sem medida...
A primeira mulher se fez mãe para a vida
E o homem se acalmou ante a bênção do Céu.


Autora: Maria Dolores