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sábado, 15 de setembro de 2018

Legenda Inesquecível


E a vida continua intensamente...
Transformações que chegam de improviso...
Às vezes, é amargor que te apaga o sorriso,
De outras, é a provação que te altera o lugar;

Em quase toda parte o tumulto domina,
A violência se alteia e se engalana,
Mas as Vozes do Céu rogam à vida humana:
Trabalhar e servir. Perdoar, perdoar...

A incompreensão se estende em áridos conflitos,
O passado interfere no presente,
Preconceitos, em luta permanente,
Tombam da inércia multissecular...

Assemelha-se a Terra à nave, na tormenta,
E, conquanto a tremer, sob a treva e o perigo,
Procura as instruções do Cristo, o Excelso Amigo:
Trabalhar e servir, perdoar, perdoar...

No entrechoque das forças que se embatem,
Talvez tragas no peito, alma querida,
Duras tribulações que te lesam a vida,
Desgostos, solidão, amargura, pesar...

No entanto, vendo o mal que te espreite ou te oprima,
Que o cárcere da angústia não te prenda,
Segue fazendo o bem, recordando a legenda:
Trabalhar e servir, perdoar, perdoar...

O mundo é a grande escola e a vida é a grande mestra...
De quanto a quando, explodem vastas crises,
Dias de inquietação, momentos infelizes
Para a renovação que nos pede avançar...

Na mágoa que te envolve ou no fel que te humilha,
Nas pedras do caminho em que a marcha te cansa,
Desfralda, com Jesus, o lema da esperança:
Trabalhar e servir, perdoar, perdoar...

Autora: Maria Dolores

sábado, 1 de setembro de 2018

Jornadas do Tempo


Vejo-lhes, muita vez, os grupos rumorosos...
Rogam socorro a Deus, em suplício profundo.
Querem renascimento, a fim de se esquecerem
Da culpa que os mantém presos ao chão do mundo.

Espíritos no Além que passaram na Terra,
Estendendo a ambição e o domínio sem peias,
Recolhem, de retorno, as obras que fizeram,
Plantando espinheiras nas estradas alheias.

Suplicam renascer, em extrema penúria,
Pedem expiação que os corrija e reprima,
Rogam corpos em chaga, ostracismo e abandono
Com a perda integral de toda a humana estima.

Imploram regressar em condições amargas,
Anelam revelar na luta que lhes doa
A nova compreensão de quem se emenda e sofre,
Bendizendo o infortúnio em que se aperfeiçoa...

O Senhor lhes concede a bênção suplicada
E ressurgem na Terra, entre almas sofridas,
Devem buscar na paz, no amor e na humildade
A força de apagar os erros de outras vidas...

Conquanto as exceções, no entanto novamente,
Crescendo para o mundo em sombras de ilusão,
Ei-los a repetir equívocos de outrora,
Rebeldia, vaidade, orgulho, ostentação...

Não escutam a fé que lhes pede trabalho
Na obediência à luz que lhes vem da rotina,
E a vasta multidão se transvia em protestos,
Complica-se a gritar, padece, desatina...

Atentos ao passado a que se voltam,
Tentam fugir de Deus que os ampara e os escolta...
Pobres seres que varam vida e tempo
Entre o frio da treva e o fogo da revolta!

Alma querida, escuta! Se na Terra
A provação é sombra que te alcança,
Não temas... É o pretérito de volta...
O presente aflitivo é a nossa própria herança...

Sofre sem reclamar, serve, prossegue...
Além da própria angústia, alma sincera,
Encontrarás, chorando de alegria,
A luz da vida nova que te espera...

Autoria: Maria Dolores