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terça-feira, 15 de junho de 2021

Presença de Jesus

Afirmas, muita vez, alma querida,
Em fervorosa prece:
- “Quero, Jesus, servir e cooperar contigo!...
Ah! Senhor, se eu pudesse!...”

Depois, declaras-te sem forças.
Pensa, entretanto, nisto:
Podes ser hoje mesmo, onde estiveres,
A sublime extensão da bondade do Cristo!...

Fita a sobra da mesa que te ampara:
Utilizando um pão, simples embora,
Consegues replantar as flores da alegria
Na penúria que chora.

Considero o montão de bens que atiras longe
Sem sentir, sem pensar, inconsequentemente:
Descobrirás nas mãos o privilégio
De estender reconforto a muita gente.

Lembra a moeda, tida por singela:
Escorada na fé que te bendiz,
Transforma-se na xícara de leite
Que socorre e refaz a criança infeliz.

Detém-te nos minutos disponíveis:
Ao teu devotamento se farão
A visita, a bondade, o carinho e o consolo
Para o enfermo largado à solidão.

Trazes contigo os dotes da brandura:
Ante os golpes do ódio explosivo e violento,
Guardas a faculdade de extinguir
O fogo da revolta e o fel do sofrimento.

Observa o tesouro da palavra:
Se envolvida de paz, a tua frase alcança
Todo aquele que cai na sombra da tristeza
Para erguer-se de novo ao toque da esperança.

Não te digas inútil, nem te omitas...
A trabalhar, servir, amparar, recompor,
Serás, alma querida, em qualquer parte,
A presença do Cristo em teu gesto de amor.

Autora: Maria Dolores
 

terça-feira, 1 de junho de 2021

Minha Mãe

Lembro-te mãe, revendo a nossa casa... 
O pequeno jardim, o poço a horta... 
O vento brando que transpunha a porta, 
Afagando o fogão de lenha em brasa... 

Esfregavas a roupa na bacia... 
Eu ficava na rede, aos teus desvelos... 
Depois, vinhas beijando-me os cabelos, 
A embalar-me, cantando de alegria. 

Dorme, dorme, prenda minha, 
Dorme agora, meu amor, 
És a joia que eu não tinha, 
Prenda minha, minha flor!... 

Lá no céu tem três estrelas, prenda minha, 
Todas são de prata e luz, 
Lá do céu você me veio, prenda minha, 
Por presente de Jesus!... 

E lá se foi o tempo ante as mudanças... 
Cresci, fiquei rebelde... estradas novas... 
Entrei no mundo grande, em grandes provas, 
Carregando saudades e esperanças... 

Hoje, volto a rever-te, mãe querida!... 
Quero dizer-te, em minha gratidão, 
Que és o amor sempre amor, em minha vida, 
É a própria vida de meu coração.

Autora: Maria Dolores