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sábado, 23 de novembro de 2013

No Caminho Terrestre

Espírito reencarnando

No corpo que te contém,

Ante as provas necessárias,

Espera fazendo o bem.

 

Se aguardas tranquilidade,

Na luta que te advém,

Em qualquer lance da estrada,

Espera fazendo o bem.

 

Exerces muitos encargos,

Sem apoio de ninguém...

Não te queixes nem reclames,

Espera fazendo o bem.

 

Sobre a tarefa em que vives,

Muita pedra sobrevém,

Sê fiel à obrigação,

Espera fazendo o bem.

 

Calúnia veio ferir-te

Sem que se saiba de quem,

Não somes forças das trevas,

Espera fazendo o bem.

 

Padeces desilusão,

Sarcasmo, insulto, desdém...

Não permutes mal com mal,

Espera fazendo o bem.

 

Lamenta pesares, golpes,

Choras o escárnio de alguém,

Tristeza não edifica,

Espera fazendo o bem.

 

Alguém te falou com mágoa

Do lodo que o mundo tem,

Contempla o céu, fita o sol...

Espera fazendo o bem.

 

Se queres felicidade

Na terra e no mais além,

Não te afastes do serviço,

Espera fazendo o bem.

 

DEUS é Pai justo e Perfeito,

Dá tudo, nada retém,

Se anseias vida mais alta,

Espera fazendo o bem.

Autor: Casimiro da Cunha – Médium: Chico Xavier.

sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Lagarta

A árvore é grande e bela,

Mas, na copa que se alteia,

Intromete-se a lagarta

Escura, disforme e feia.

 

No tronco maravilhoso,

Folhas verdes, flores mil...

O traço predominante

É a nota primaveril.

 

E basta uma só lagarta

De minúscula expressão,

Por fazer, na árvore toda,

Estrago e devastação.

 

De fato, o conjunto verde

É nobre, forte e preciso;

Mas, em todos os detalhes,

Há sinais de prejuízo.

 

A lagarta rastejante,

Mostrengo em miniatura,

Vai de uma folha a outra,

Dilacerando a verdura.

 

As flores, embora belas,

Perfumosas e garridas,

Aparecem deformadas,

Nas corolas carcomidas.

 

O passeio da lagarta,

Que demora e persevera,

Perturba toda expressão

Da filha da primavera.

 

Por mais que enflore e se esforce,

A árvore peregrina

Trai, aos olhos, a existência

Do verme que a contamina.

 

Encontramos na lição,

Desse pobre vegetal,

O homem culto e bondoso

Com o melindre pessoal.

 

Há muitas almas na Terra,

De feição nobre e segura,

Mas o melindre é a lagarta

Que as persegue e desfigura.

 

Autor: Casimiro da Cunha – Médium: Chico Xavier.