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sexta-feira, 1 de novembro de 2013

A Lagarta

A árvore é grande e bela,

Mas, na copa que se alteia,

Intromete-se a lagarta

Escura, disforme e feia.

 

No tronco maravilhoso,

Folhas verdes, flores mil...

O traço predominante

É a nota primaveril.

 

E basta uma só lagarta

De minúscula expressão,

Por fazer, na árvore toda,

Estrago e devastação.

 

De fato, o conjunto verde

É nobre, forte e preciso;

Mas, em todos os detalhes,

Há sinais de prejuízo.

 

A lagarta rastejante,

Mostrengo em miniatura,

Vai de uma folha a outra,

Dilacerando a verdura.

 

As flores, embora belas,

Perfumosas e garridas,

Aparecem deformadas,

Nas corolas carcomidas.

 

O passeio da lagarta,

Que demora e persevera,

Perturba toda expressão

Da filha da primavera.

 

Por mais que enflore e se esforce,

A árvore peregrina

Trai, aos olhos, a existência

Do verme que a contamina.

 

Encontramos na lição,

Desse pobre vegetal,

O homem culto e bondoso

Com o melindre pessoal.

 

Há muitas almas na Terra,

De feição nobre e segura,

Mas o melindre é a lagarta

Que as persegue e desfigura.

 

Autor: Casimiro da Cunha – Médium: Chico Xavier.

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