Emudece o
teu pranto. Cala o grito
De revolta
na dor que te encarcera,
Por mais
negra, mais rude, mais sincera,
A mágoa
estranha de teu peito aflito.
Em toda a
Terra há lagrimas e conflito,
Ruínas do
mundo que se desespera...
Ama e sofre,
trabalha e persevera
Na esperança
de paz e de infinito.
Peregrino do
campo atormentado,
Rompe os
elos e as trevas do passado,
Fita a luz
do porvir resplandecente.
Muito além
do terrível sorvedouro,
Nas estradas
liriais de acanto e louro,
O sol do
amor refulge eternamente.
Autor: Cruz
e Souza
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