Alma
querida, observa
Na Terra que
se aprimora
A vida fulge
por fora
Nas trilhas
da evolução.
Em toda
parte, no entanto,
Sob ruídos e
disfarce
A dor é
chaga a ocultar-se
Por dentro
do coração.
Nunca
existiu para os homens
Tanta cultura
brilhando,
Altas
conquistas em bando,
Inventos,
palmas, troféus!...
Mas a
violência campeia,
No império
do instinto bruto,
Ouro e
sangue, pompa e luto,
Entremeiam-se
ante os Céus!...
O ódio
incendeia povos,
A ambição
ruge no excesso,
Desnorteando
o progresso,
A discórdia
aflige o lar...
As criaturas
se apartam,
Sob o medo
que as domina,
A treva
espalha em surdina
A guerra
ativa no ar.
Mas
sobrestanto o tumulto,
Reina a
Divina Presença,
Em Cristo, a
luz se condensa
E aponta o
Sol por porvir...
Quanto a nós
outros, obreiros
De qualquer
tempo e lugar,
A ordem é
“trabalhar”
E o lema é
“sempre servir”!...
Alma
fraterna, sigamos!
A voz do Céu
nos confia
A base do
novo dia
No campo
renovador.
Caridade!
Caridade!
Sem cansaço
ou retrocesso
Eis o caminho
de acesso
O Reino do
Eterno Amor.
Autora:
Maria Dolores
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